terça-feira, junho 26, 2007

Para reflexão: "Quem perde dinheiro perde pouco, quem perde saúde perde muito e quem perde o caráter perde tudo".

lenha
Flávio Pardi troca de advogado
Flávio Pardi "contrata" funcionário de sua Secretaria para defendê-lo e atuar no processo que move contra este jornalista.
No mínimo é estranha essa atitude. Veja porque.


Recordando: sentindo-se ofendido, injuriado ou caluniado, o Secretário da Administração Limeirense, Flávio Aparecido Pardi entrou na justiça pedindo uma indenização de R$ 35 mil reais a este que vos escreve.

Na primeira instância, perdeu e ainda, a persistir o entendimento inicial, Pardi terá que arcar com as custas processoais baseada em 15% sobre o valor da causa + uma multa de 1% estipulada inicialmente pelo magistrado da 2ª Vara Cível de Limeira, Rilton José Domingues.

Não sei o que ocorreu exatamente, mas os advogados do escritório "Ubirajara Gomes de Mello Advogados Associados" que trabalharam na defesa do Secretário em primeira instância deixaram o caso.
Assumiu a defesa de Pardi o advogado Cícero Franco Simoni.


Pasmem senhores!

O advogado Cícero foi nomeado em cargo comissionado na PML em fevereiro deste ano para exercer a função de Assessor Departamental da Divisão de Programação Orçamentária; departamento este umbilicalmente ligado hierarquicamente à Secretaria de Administração [JO 17/2/07].


O salário para essa função [+ verba representação] é de aproximadamente R$ 3.200,00; isto porque o cargo que Simoni foi empossado é representado pelo símbolo C.C. 09. A verba de representação atribuída pelo Executivo foi de 73,70%.

Detalhe: A portaria seguinte do Executivo, ou seja, nº 341/07, designou Simoni para, sem prejuízo de seus vencimentos, prestar serviços à Empresa de Desenvolvimento de Limeira [Emdel], durante todo o seu processo de liguidação.

Indago: pode um funcionário nomeado para exercer a atividade/função de Assessor, ser contratado pelo seu c.h.e.f.e. para defendê-lo em uma demanda judicial pessoal, particular? Pode ainda este mesmo funcionário, com carga horária a cumprir, estar advogando em outros processos [ver site do Tribunal de Justiça], mesmo depois que selou um contrato de trabalho no serviço público municipal? Poderia esta atitude caracterizar tráfico de influência, abuso de poder ou outra denominação de ilícitos semelhantes? Eu não sei, não sou advogado, mas creio que a JUSTIÇA vai saber interpretar.

Por outro lado, em uma rápida 'folheada' nos autos processuais, mais precisamente no recurso apresentado, li várias milongas descabidas.

Relembrando alguns fatos passados, localizei um texto publicado no Diário de São Paulo, datado de 7 de maio de 2003 e que também está disponível no site "Clipping" da Assessoria de Imprensa e Comunicação Social da sptrans.


A integra da notícia veiculada transcrevo a seguir, uma vez que ainda não tinha sido divulgada aqui na terrinha de deus-me-livre ou deus-nos-acuda.


Se o Secretário da Administração limeirense quiser se pronunciar a respeito destes e demais fatos, o espaço está aberto. Como se sabe, este Blog é bastante interativo.

- Acusado no PAS é retirado de comissão -
Quarta-feira, 7 de maio de 2003.
Diário de S. Paulo
Acusado no PAS é retirado de comissão

Servidor citado por omissão em CPI investigava furto em posto

Citado na CPI da Câmara Municipal que investigou o extinto PAS por ter sido omisso em diversas irregularidades no Plano de Atendimento à Saúde da Prefeitura, o servidor Flávio Aparecido Pardi, que é investigado pela Ouvidoria do Município, foi afastado ontem por determinação da Secretaria de Saúde de uma comissão encarregada de apurar furto de remédios e material médico do almoxarifado do Posto Avançado 3 daquela pasta, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo.

O furto aconteceu há algumas semanas. O prejuízo foi calculado em R$ 62 mil, mas boa parte do material furtado foi recuperado pela polícia dias depois, dentro de um caminhão no bairro de Santo Amaro. Parte dos ladrões foi identificada e, para apurar se eles tiveram a ação facilitada por algum servidor, a Secretaria de Saúde mandou investigar o caso.

Portaria do diretor administrativo do PA-3, Darcio Barbosa da Silva, publicada ontem no Diário Oficial do Município, nomeava uma comissão de averiguação sobre o furto. Entre os integrantes, o próprio Pardi, que recentemente retornou ao trabalho na Prefeitura, após uma licença sem remuneração de dois anos.

Diante da repercussão da presença dele na comissão e para não dar margem a críticas, o assessor geral de gabinenete da secretaria, Marcos de Souza, determinou que Pardi deixasse a função.

"Fui eu quem resolveu nomeá-lo para a comissão. Queria aproveitar sua experiência, já que é funcionário da Prefeitura de longa data e estamos com pouco pessoal aqui. Sabia que ele continua a ser investigado, mas como até agora não foi formalmente condenado achei que não haveria problema", justificou Barbosa, que preside a comissão. O DIÁRIO tentou ouvir Pardi, mas ele não foi localizado ontem.




COMENTÁRIO: no mais, aqui na fazendinha iluminada nós vamos cantando... na tonga da milonga do kabuletê [Vinícius de Moraes e Toquinho].