segunda-feira, novembro 28, 2005

"Dentre os poderes constituídos de um país, o mais importante é o judiciário. Se este funcionar, ainda que os demais sejam formados pelos piores elementos, nenhum mal poderá abalar os cidadãos. Não haverá corrupção, porque não haverá impunidade". Sonia de Aguiar

REDIRECIONARAM AS LIGAÇÕES DO MEU CELULAR
Qual é o interesse ou os objetivos de pessoas [bandidos ou não?] em realizar tal façanha?

Há algumas semanas e em diversas ocasiões, amigos que me ligam [celular], reclamam dizendo que as ligações acabam "caindo" em outro lugar e a pessoa que atende [às vezes homem, às vezes mulher] dizem que o não é do "João" o celular cuja pessoa está atendendo o chamado!
Pois bem.
Na quarta-feira, dia 23, ao utilizar o meu aparelho e ligar para um órgão público também ocorreu 'falha' na ligação; uma pessoa que se identificou como Marcos, atendeu ao telefone discado - em meu visor mostrava o número exato do órgão que disquei - e falou que não era do número discado e a conversa foi interrompida, pois o sinal teria supostamente "caído"!

BANDIDOS OU NÃO!

Diante de algumas ocorrências relatadas por pessoas de meu convívio e que me telefonaram, acabei por procurar esclarecimentos com funcionários da empresa do meu celular, ou seja, a Vivo.
No dia 25/11, sexta-feira, depois de muito falar com secretarias eletrônicas e representantes da 'Vivo', acabei conversando com o funcionário José Fernandes da Central de Relacionamento Vivo (fone * 8486). Isso foi às 11h45.

Fernandes ouviu meu relato. Disse que o meu telefone estava com redirecionamento [quando uma ligação é direcionada/realizada naturalmente para o telefone e, se ele não for atendido, a chamada é automaticamente transferida para outro aparelho indicado]. Quem pede esse serviço é o proprietário do aparelho celular ou fixo.

Eu lhe disse que nada pedi ou solicitei. Ele falou então que no meu cadastro constava redirecionamento e que poderia ser alguma pessoa da família, uma esposa, um irmão, etc. que poderia ter solicitado o serviço; falou ainda que existiria a possibilidade de ser uma pessoa que tem acesso ou conhecimento dos números dos meus documentos [RG, CIC...]. Novamente reafirmei que não houve qualquer pedido ou solicitação nesse sentido e que nenhuma pessoa próxima ou de meu convívio tinha feito a solicitação. Ele (Fernandes) falou também que poderia ser uma falha no sistema. Eu lhe disse que mesmo que fosse esse o caso, nos cadastros da companhia telefônica estava constando o número ao qual a ligação estava sendo direcionada e, portanto, eu desejava saber QUAL era esse número.

FUNCIONÁRIOS DIZEM NÃO TER ACESSO AO NÚMERO

Estava difícil obter a informação precisa. O funcionário pedia para que eu aguardasse e retornava alguns minutos depois e pedia novamente para que aguardasse + alguns instantes.
Depois de contados aproximadamente 35 minutos após ter sido atendido definitivamente por esse funcionário e, ainda não tinha encerrado o contato, a bateria do meu celular acabou e a ligação encerrou-se abruptamente.

Às 12h45 deste mesmo dia consegui (viva!) novamente o contato em definitivo com a empresa Vivo, cuja Central de Atendimento está situada no estado da Bahia. Desta vez a funcionária de nome Selma Brito me atendeu. Falei que já tinha iniciado conversação com outro funcionário (José Fernandes) e se eu poderia voltar a falar com ele, caso contrário teria que começar a "contar" tudo de novo para ela. A senhora Selma disse que não era possível. Então, comecei novamente a repetir tudo o que já havia dito ao funcionário.

O papo foi até por volta das 13h25, ou seja, + 35 minutos de 'relacionamento' com a Vivo.
Essa funcionária reafirmou o que o outro já tinha dito. Disse não ter condições ou acesso ao número que estava sendo redirecionado. Fiquei muito bravo. Exigi e lhe perguntei se a conversa estava sendo gravada. Incontinenti Selma falou que não poderia revelar se estava ou não. Aí lhe disse que eu poderia e que estava gravando. Ao final da longa conversa a funcionária achou melhor [eu também] abrir um procedimento/processo para que os técnicos apurassem o que de fato está acontecendo com a minha linha de telefone celular [me passou o número do protocolo] e que no prazo de 5 dias eu receberia as informações e a conclusão da verificação dos técnicos através do telefone e por e-mail.

MAIS TESTES CONFIRMAM REDIRECIONAMENTO

Neste mesmo dia através de outro telefone, liguei para o número do meu celular [que estava desligado e carregando a bateria]. Após alguns toques, uma pessoa atende e diz que seu nome é Daniel. Eu lhe disse que precisava falar com o João. Ele falou que o celular era dele. Eu perguntei o número do celular, ele me diz [o prefixo é completamente diferente do meu]. Eu lhe pergunto qual é a cidade que ele se encontra e ele diz que é Descalvado. Falo que o número que eu liguei está inclusive no meu visor e que era do meu amigo João e pergunto em que local ele está em Descalvado, o que ele faz, onde se encontra... a ligação é interrompida, desligada!

Passados cerca de 30 minutos, com outro aparelho peço para uma pessoa ligar no número que o tal de Daniel disse que era o seu celular. A ligação é feita. Após a chamada ser efetivada, uma mulher atende e fala alô... alô... alô, ininterruptamente. A pessoa que pedi para ligar também diz seguidas vezes, queria falar com o João, queria falar com o João. A ligação novamente é interrompida.

Já bem a tardezinha e com a bateria do celular carregada parcialmente, converso com um conhecido advogado [não vou citar seu nome]. Comentei com ele o ocorrido. Ele propõe: vamos fazer outro teste. Vou ligar para o seu celular agora e você o deixa tocar e não atende, Ok?
Concordei.
Outra surpresa. Após vários toques e antes da caixa postal do aparelho ser acionada, uma pessoa atende. O advogado então pergunta quem estava ao celular? A pessoa responde com outra pergunta: com quem gostaria de falar? O advogado diz que gostaria de falar com o João. O interlocutor do outro lado diz que esse telefone não é do João. O advogado faz um comentário dizendo que é possível que esse telefone esteja clonado ou grampeado; assim finalizou essa afirmação o contato com o outro aparelho foi cessado, a ligação foi interrompida. Outras tentativas posteriores foram feitas, mas daí o procedimento e os encaminhamentos das chamadas foram aparentemente normais.

TELEFONE FIXO

Meu telefone fixo também está com "problemas". Dias atrás meus filhos discaram para a residência e celular de seus amigos. Meu filho ligou para casa de um amiguinho e uma pessoa que diz que se chamava Marcos atendeu. Depois, minha filha ligou para o celular de uma colega. O aparelho dela (colega) estava com sinal de ocupado. Minha filha demorou um pouco para desligar e poucos instantes depois o nosso aparelho deu sinal que a chamada estava se processando; uma pessoa atendeu dizendo também que seu nome era Marcos e teria alegado - segundo minha filha - que todas as ligações estavam caindo lá. Ao terminar essa frase, aconteceu como de costume, ocorreu corte na ligação!
Minha filha apertou a tecla redial [se a linha estava com problemas técnicos ou tivesse ocorrido erro na digitação, a lógica seria a ligação 'cair' no aparelho do suposto Marcos] e a sua colega atendeu ao chamado. O número estava correto e o telefone dela não estava em funcionamento minutos antes.

COMENTÁRIO: os fatos estão registrados e comprovados. Vou aguardar a avaliação e o relatório dos técnicos para analisar quais medidas tomar.